Petroleiras multinacionais entram com ação contra novas taxas no Rio
As petroleiras argumentam que as leis têm objetivo meramente arrecadatório. Alegam também que a mudança afeta a estabilidade regulatória e os planos de viabilidade econômica dos investimentos no Estado. A ofensiva em duas etapas na Justiça é uma estratégia integrada das empresas com o IBP, segundo fontes próximas à articulação.
Em conjunto e nominalmente, as empresas deram entrada na ação na 11.ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A estratégia é alcançar uma resposta rápida ao processo e evitar que as taxas e o ICMS comecem a ser cobrados já no mês que vem. Em outra frente, o IBP entrará com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no STF.
Responsável pela ação, Mario Graziani Prada, sócio do escritório de advocacia Machado Meyer, diz que “a expectativa das empresas é ter uma resposta do Judiciário que viabilize a segurança jurídica dos negócios no Brasil”.
Oficialmente, o IBP informa que “continua avaliando as medidas cabíveis”. Após a sanção, o instituto informou que as leis poderiam levar as petroleiras a “redirecionar seus investimentos para países produtores de petróleo com incentivos ou condições mais favoráveis”.
Na mesma linha, a Shell, principal parceira da Petrobras na exploração do pré-sal após a fusão com a BG, indicou em nota ao jornal O Estado de S. Paulo que “a previsibilidade fiscal é um dos principais fatores por trás das decisões de investimento nos países onde atua”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Estadao Conteudo