
CRISTALINA] Daniel do Sindicato avalia que Lúcia Vânia deseja permanecer na base do governo, mas…

Por Wilson Silvestre – … a queda de braço entre um ‘sim’ do governador Marconi Perillo garantindo a segunda vaga ao Senado para Lúcia Vânia, tende a ficar com Wilder Morais (PP). Enquanto a senadora permanecia com um ‘pé no barranco e outro na canoa’, ou seja, indefinida quanto ao apoio explícito ao pré-candidato ao governo de Goiás, José Eliton (PSDB), Wilder aumentava sua quilometragem voando e transitando pelos quase 246 municípios goianos, sorrindo para prefeituras com emendas parlamentares e prestigiando eventos. Resultado: já são mais de 170 prefeitos “hipotecando apoios à reeleição do senador”, conforme registrou o Jornal Opção nesta quarta-feira (27/9) em sua página eletrônica. Dentre eles, o prefeito de Minaçu, Nick Barbosa (DEM). “Meu candidato a senador já está fechado. É o senador Wilder [Morais]”. Mas a governador, Nick aposta em Ronaldo Caiado.
Diante deste quadro, a tendência de Lúcia Vânia (PSB) em permanecer na base de apoio ao pré-candidato a governador de Goiás, José Eliton (PSDB), baixou de cotação. Caso não haja alteração, mesmo contando a seu favor o histórico na construção do chamado ‘Tempo Novo’, iniciado com Marconi Perillo em 1998, Lúcia Vânia tem poucas chances para desbancar Wilder. A única alternativa seria Marconi costurar um acordo trazendo o senador para ser seu primeiro suplente. Hipótese que a cada dia torna-se distante.
Mas o prefeito de Cristalina, Daniel do Sindicato (PSB), acredita numa solução política em que o “bom senso e os interesses dos cidadãos fique acima das divergência partidárias”. Daniel analisa que esta tese seria a mais adequada aos prefeitos, principalmente de seu partido, pois todos estão na expectativa que o Programa Goiás na Frente seguirá o cronograma, sem os ruídos da política. “Sou um homem de partido e leal aos meus companheiros, à senadora [Lúcia Vânia], mas também tenho que pensar no município de Cristalina e seus cidadãos”.
Daniel e Luiz Henrique administram um município em regime de emergência, pautado por uma crise econômica e política sem precedente no país. Esta crise – mesmo com enorme esforço da classe política –, não dá folga para o governante dialogar com as demandas reprimidas, principalmente em saúde, segurança, moradia e infraestrutura.
Esta preocupação do prefeito está alinhada com a maioria de seus colegas, afinal, os tempos são de escassez de recursos com um cenário de baixa arrecadação e queda nos repasses federal e estadual. “Não tenho feito outra coisa a não ser garimpar recursos junto aos governos federal e estadual, celebrando convênios e batendo na porta dos gabinetes dos deputados e senadores em busca de emendas parlamentares. Penso que este esforço, não só meu mas de todos os prefeitos, será levando em conta nas negociações da cúpula dos partidos”, sintetiza Daniel.