
A batalha de Caiado na travessia da terra arrasada deixada por Marconi Perillo e Zé Eliton em Goiás

Por Wilson Silvestre – Em 2000 quando entrou em vigor a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o cidadão comum passou a acreditar que não haveria mais farras com o dinheiro do contribuinte. No entanto, nem os governos federal, estaduais e municipais cumpriram a lei e continuaram gastando irresponsavelmente. Para piorar, na proporção que minguava os recursos frente às despensas, aumentava aceleradamente os níveis de corrupção. Mesmo com reiteradas vozes sensatas alertando que estas contas iriam ‘explodir’ nas mãos dos governantes futuros, a farra continuou.

Agora, chegou a conta para (quase) todos pagarem. Ao assumir o governo de Goiás em janeiro, Ronaldo Caiado (DEM) já tinha informações que a situação do estado era péssima. Mas, confrontar a realidade, veio à mostra todo descalabro do déficit público. Caiado e seus auxiliares próximos constataram que o buraco é maior. Não se tem registro na história de Goiás uma situação de desequilíbrio financeiro com a dimensão de R$ 3,4 bilhões deixado pelo ‘Imperador Pequi’ Marconi Perillo e seu pupilo José Eliton.
“É muito triste ver o que fizeram com nosso Estado. O cidadão, que não tem nada a ver com esse crime, está pagando a conta. A vítima está pagando pelo crime. A população está desprovida de salário, serviços básicos, pelos crimes praticados nos governos anteriores”, destacou, lamenta Caiado.
Nestes 20 dias à frente do governo, Caiado não tem feito outra coisa a não ser negociar dívidas em atraso, tendo como destaque a área de saúde, salário de dezembro dos servidores do estado e negociações com o Governo Federal para encontrar meios na busca de recursos. O governador sabe que será uma travessia em terra arrasada, desprovida de recursos difícil, mas ele mantém seu otimismo na recuperação do equilíbrio fiscal do estado.
Sobre o salário de dezembro, a expectativa do governo é que, até a próxima sexta-feira (25/01), 83% do funcionalismo tenha recebido o pagamento. “Nosso governo é transparente e nós não mentimos. Estamos aqui hoje com relatórios desenvolvidos por técnicos, de carreira da Segplan e da Sefaz. São funcionários do Estado, que estão na mesma situação que todos os outros. Sejamos verdadeiros: tentam transferir responsabilidade, mas o cidadão está vendo a realidade. Se tivesse dinheiro em caixa eu teria pago”, sentenciou.
Com a colaboração da assessoria de imprensa do governador, o blog compilou as principais falas dele em entrevistas sobre a situação do estado. Trata-se de informações auferidas por técnicos de carreira, isentos de qualquer viés ideológico ou partidário.
PRIORIDADE DE MARCONI/ZÉ ELITON FOI PAGAR FORNECEDORES
Marconi Perillo e José Eliton destinaram R$ 2,371 bilhões para empenho de contratos e terceirizações, um “crescimento vertiginoso”, aponta governador. “Isso mostra qual foi a prioridade da gestão passada: em vez de pagar o salário dos servidores públicos, preferiu entregar o dinheiro para os terceirizados. Isso é desrespeito para com o funcionalismo, os cidadãos e o Estado”.
FAZENDO HISTÓRIA: PELA PRIMEIRA VEZ UM
GOVERNANTE MOSTRA AS CONTAS DO ESTADO
Pela primeira vez na história de Goiás um governador dá total transparência às contas do Estado. A expectativa é de que, até a próxima sexta-feira (25/01), 83% do funcionalismo tenha recebido o pagamento. São 170.497 servidores ativos e inativos. O rombo consolidado em 2018 é de R$ 3,433 bilhões. Em 2019, o déficit total será de R$ 6 bilhões,190 milhões e 201 mil.
PRESTAÇÃO DE CONTAS
DOS 19 DIAS DE GOVERNO
Caiado apresentou, neste sábado (19/01), em sua página no Facebook, balanço financeiro dos primeiros 19 dias de governo e dados oficiais do Tesouro do Estado que comprovam o rombo deixado pelos governos de Marconi Perillo e de José Eliton.
PRIORIDADE PARA TERCEIRIZADOS E
NÃO AOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS
Caiado denunciou “crescimento vertiginoso” do empenho de contratos, bem como de terceirizações realizadas durante o período eleitoral. Ele demonstrou com números que os governos de Marconi Perillo e de José Eliton preferiram pagar estes contratos ao invés de quitar a folha de dezembro, cujo montante é de R$ 1 bilhão 303 milhões 342 mil.
NOS DOIS ÚLTIMOS ANOS, FORAM DESTINADOS
R$ 2,371 BILHÕES PARA PAGAR TERCEIRIZADOS
Em 2017 e 2018, período pré-eleitoral, em comparação com os três anteriores (2014, 2015 e 2016) o pagamento de contratos praticamente dobrou, conforme atestam planilhas. Saiu de R$ 515,976 milhões em 2014, R$ 455,146 milhões em 2015 e R$ 558,191 em 2016 para R$ 1,227 bilhão em 2017 e R$ 1,144 bilhão em 2018. Nestes dois anos, portanto, Marconi e José Eliton dispenderam R$ 2,371 bilhões para beneficiar terceirizados.
PRIORIDADES
Para Caiado, “Isso mostra qual foi a prioridade do governo passado: em vez de pagar o salário dos servidores públicos, preferiu entregar o dinheiro para os terceirizados. Isso é desrespeito para com o funcionalismo, os cidadãos e o Estado. Salário é importante, pagar dívidas é importante, mas tenho uma prioridade: garantir a dignidade dos cidadãos goianos. Não podemos deixar setores como a Saúde, Segurança e Educação entrarem em colapso. Na escala de prioridade, eu como governador reafirmo que é salvar vidas. Meu compromisso deve ser esse”.
MEDIDAS DURAS PARA SUPERAR A CRISE
O governador destaca que sua gestão irá tomar medidas duras para garantir que Goiás supere a crise o mais rápido possível. Além da expectativa de inclusão do Estado no Regime de Recuperação Fiscal (RRF) do governo federal, há uma determinação para que sejam cortados 20% de todos os contratos da secretaria, redução de gastos e otimização de pessoal. “Ninguém resolverá nada do dia para noite, mas a população tendo conhecimento da realidade, sabendo que o governo é administrado de forma transparente, saberá retribuir com gesto de apoio ao governo que tem compromisso com Goiás”.